quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As Experiências Proféticas, Parte 5

Padrões da Vida Cristã

Semana 28, 2011 – Rick Joyner

O verdadeiro discipulado cristão é uma vida de sacrifício, não de aquisição. Isso não significa que não devemos cuidar de nossas famílias, como somos ensinados em I Timóteo 5:8: "Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. "No entanto, há uma diferença entre prover o que é necessário para as nossas famílias e ser materialista, ganancioso ou perder os limites.


Há uma vala de cada lado do caminho da vida. A reação exagerada aos cristãos que tinham um espírito de pobreza levou outros a caírem na vala do outro lado a e se tornarem mundanos e materialistas. Temendo virar "tão celestiais a ponto de não serem bons terrenamente”, eles se tornaram tão mundanos que não são bons nem para o céu e nem para a terra.

Não é um exagero dizer que a maioria dos cristãos, e na verdade a maioria das pessoas, pensa em extremos. Nós tendemos a julgar os outros por suas características ou ações mais extremas. Entretanto, quando se trata de seguir na verdade, o caminho da vida é quase sempre encontrado na tensão entre os extremos.

Por essa razão, lemos em Filipenses 4:5, "Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens". Não se trata apenas de nossos bens materiais, comer ou beber, mas também na doutrina. Devemos ser claros e intransigentes a respeito do básico, mas quando se trata das outras doutrinas periféricas, escatologia e outros ensinamentos que são ambíguos e passíveis de interpretações diferentes, o lugar seguro é a moderação, não gravitar em direção ao extremos.

Claro, isso deve ser equilibrado com o fato de que alguma verdade é encontrada no extremo. Pode soar extremo dizer que Jesus é o único Caminho para o Pai, mas é uma verdade extrema que não podemos comprometer sem comprometer a base da Sua divindade. Ele é Aquele que disse isso. Se não fosse verdade, então Ele teria mentido e, portanto, não seria o Deus das Escrituras.

O Senhor poderia ter sido muito mais específico sobre certas coisas como o governo da igreja, comida e bebida, mas fazer isso apenas tornaria a Nova Aliança outra lei ao invés do relacionamento com Deus - o que isso deveria ser. Existem, certamente, mandamentos da Nova Aliança, mas eles são mais sobre o amor do que comer, beber ou minúcias de comportamento. Em Atos 15:23-29, nos é dado o padrão básico de comportamento exigido pelos cristãos:

Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.

Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,

Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,

Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.


Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.

Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:

Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.

Isso foi confirmado como o testemunho do Espírito Santo e os anciãos e os apóstolos fundadores da igreja. Essa é a Escritura. Não podemos impor nada mais que isso como um comportamento de restrições sem fazê-lo sob o legalismo. No entanto, no Novo Testamento, havia padrões muito mais altos para quem estaria na liderança na igreja. Liderança não é apenas a posição de ser um ancião ou um apóstolo, mas liderança é basicamente influência.

Ao passo que amadurecemos em Cristo, devemos querer viver de acordo com padrões mais elevados do que com o mínimo que podemos empurrar com a barriga. Os verdadeiros amantes de Deus não estão procurando fazer o mínimo com o que podem se virar, mas por quanto mais eles podem fazer por Ele. Uma criança que é totalmente desamparada também é totalmente egoísta. À medida que uma criança amadurece e entende mais e pode fazer mais, ela se torna menos egoísta. O mesmo acontece com aqueles que são nascidos de novo. Novos cristãos, muitas vezes, serão consumido pelos benefícios, mas os maduros, que têm aprendido o poder da cruz, serão como os apóstolos que agradeceram ao Senhor por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por amor do Seu nome. Da mesma forma, as pessoas proféticas imaturas geralmente serão muito diferentes quando amadurecerem, mas devemos dar-lhes uma chance de amadurecer.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

As experiências proféticas, Parte 4

Impressões proféticas verdadeiras refletem o caráter de Deus

Semana 27, 2011 - Rick Joyner

As impressões proféticas são a forma mais básica de revelação profética e são geralmente a forma pela qual o Senhor começa a falar conosco. Isso possivelmente se deve ao fato de que somos chamados para sermos Seus amigos, e Ele quer que nós sejamos capazes de sentir o que Ele sente, não agir como se fôssemos autômatos que fazem aquilo que Ele nos diz. Deus criou o homem para ter comunhão com Ele e está buscando mensageiros que irão partilhar o Seu coração pela mensagem.

Eis aqui uma perigosa pedra de tropeço – é o ápice da presunção para uma pessoa profética pensar que Deus se sente da mesma forma que ele ou ela se sente sobre as coisas. Por isso, devemos ser cuidadosos para discernir uma impressão profética e entender que, quando Deus não está nos mostrando algo específico, os nossos sentimentos e opiniões são nossos e não necessariamente de Deus.

Tenho testemunhado a vida de pessoas proféticas que foram feridas numa área e não foram curadas, e por causa disso podem ser excessivamente sensíveis ou melindrosas, e começar a proclamar juízos que Deus não anunciou. Vemos um exemplo disso com a forma como Thiago e João queriam fazer descer fogo do céu para consumir aqueles que se opuseram a eles. Jesus os repreendeu, dizendo que não sabiam de que espírito eram (ver Lucas 9:54-55).

Como podemos acertar isso? Experiência. Já que nós temos como uma devoção primária conhecer o coração de Deus, devemos também reconhecer as nossas próprias presunções, preconceitos e ofensas que não superamos. Por essa razão, eu nunca confio numa revelação que é negativa para qualquer um com quem eu tenha um motivo para ser negativo, mesmo quando vem num sonho ou visão. Não confio em revelações negativas que os outros recebem quando eu posso ver neles uma ferida em relação à pessoa ou assunto. Tenho visto, por outro lado, algumas pessoas proféticas muito maduras tropeçarem nisso.

É fundamental que as pessoas proféticas aprendam a graça do perdão pleno e a não se sentirem ofendidas, principalmente por rejeição. Ninguém merecia menos ser rejeitado que Jesus, que foi o Criador dos mesmos que o rejeitaram e fizeram com que Ele fosse torturado. No entanto, na cruz, Ele não só expressou o perdão para eles, mas deu o “perdão máximo” – Ele orou para que o Pai lhes perdoasse também! Muitas vezes, nos esforçamos para perdoar as pessoas, mas nos motivamos com a ideia de que, se perdoarmos, Deus acertará as contas depois, mas Jesus orou para que até o Pai perdoasse. Nunca houve uma expressão de amor como essa.

Não devemos jamais esquecer que a mensagem profética suprema é a mensagem da natureza e do caráter de Deus. E nunca haverá uma mensagem maior de quem Ele é do que aquilo que foi demonstrado na cruz. Se vamos representá-Lo como Ele é, devemos tomar nossa cruz todo dia, e estar dispostos a derramar a nossa vida e nossas ofensas para deixar a mensagem da cruz ser vista em nós também. Uma vez que tenhamos isso estabelecido em nossos corações, que o nosso objetivo final é representar a Deus como Ele é, e que a cruz é a demonstração máxima de quem Ele é, a vida da cruz será igualmente a nossa maior devoção. Isso é o que separa os verdadeiros mensageiros dos falsos. Viveremos a vida da cruz?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

As Experiências Proféticas, Parte 3‏

Cura e Compaixão Profética

Semana 26, 2011 – Rick Joyner

O sumo sacerdote no Antigo Testamento tinha sinos e romãs artificiais na orla do seu manto. Esses eram alocados alternadamente de modo que, quando ele caminhasse, os sinos atingiriam as romãs e deles sairia um som. Dessa forma, você poderia sempre dizer onde o sumo sacerdote estava se ele estivesse em movimento. Vemos isso em Êxodo 28:33-35:

E nas suas bordas farás romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor.

Uma campainha de ouro, e uma romã, outra campainha de ouro, e outra romã, haverá nas bordas do manto ao redor,

E estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do SENHOR...

Mateus 11:13 diz que "todos os profetas e a lei profetizaram...", cada "jota e til" ou qualquer detalhe da lei. Os sinos representavam uma proclamação, ou uma mensagem que vai adiante, e as romãs eram usadas para a medicina naquela época. O fato de o sumo sacerdote ter esses elementos na orla do seu manto representava que sempre que Jesus, o verdadeiro Sumo Sacerdote, se movesse, a mensagem de cura iria adiante. Isso também trata de quanto os ministérios de cura e profecia estariam amarrados a Jesus. É também por isso que a mulher com o fluxo de sangue sabia que, se ela apenas tocasse a orla das vestes de Jesus, ela seria curadaela reconheceu que Jesus era o verdadeiro Sumo Sacerdote.

Hoje ainda é verdade que, sempre que o nosso Sumo Sacerdote se movimenta, a mensagem de cura é proclamada. Isso é porque Ele se importa tanto com as pessoas que não quer ninguém doente ou aflito, mas quer todos sãos. Nossa redenção através de Sua cruz não apenas comprou para nós o perdão dos pecados, mas a libertação das conseqüências do pecado.

Nós podemos olhar para os profetas do Antigo Testamento e ver que eles raramente estavam envolvidos em cura. Isso é verdade, mas o Novo Testamento é todo sobre cura – física, emocional e espiritual. É por isso que os profetas do Novo Testamento são tão conectados a esse ministério.

Vemos também através da vida de Jesus que a compaixão era uma base de Sua autoridade. Era quando ele sentia compaixão pelas pessoas, que eram como ovelhas sem pastor, que Ele se tornava seu Pastor. Era quando Ele sentia compaixão pelas pessoas que andavam nas trevas que Ele se tornava seu Mestre. Amor e compaixão são a base para autoridade espiritual no Novo Testamento. Foram o amor e a compaixão pela humanidade que levaram o Pai a enviar o seu Filho unigênito para a nossa salvação, e isso continua sendo a base para toda a autoridade espiritual.

Como isso se relaciona ao nível básico de revelação proféticaimpressões? É difícil para muitas pessoas entenderem isso, mas o Senhor quer que algumas revelações proféticas sejam subjetivas. Eu não disse "todas", mas "algumas". Isso não significa que Ele deseja de nós alguma distorção , mas Ele deseja que as pessoas sintam o que Ele está sentindo, e não apenas saibam o que fazer. O Senhor não quer que Seus profetas estejam desconectados da mensagem, mas que sejam uma só mente e umcoração com Ele.

Mais uma vez, uma coisa que Jesus mostrou quando andou pela terra é Seu coração disposto a curar as pessoas e libertar os oprimidos. Ele curou aqueles que nem sequer agradeceriam a Ele por tê-los amado. Esse é o Seu coração, e Ele quer que Seus mensageiros sintam isso também.

Temos um bom exemplo em Jeremias de como os profetas de Deus no Antigo Testamento foram obrigados a amar aqueles para quem eles foram destinados a ser mensageiros. Jeremias teve que entregar a mensagem do juízo iminente que estava por vir sobre Israel, mas vemos por todo o Livro de Jeremias e em seu Livro das Lamentações o quanto ele amava aqueles que receberam essa mensagem de juízo. Essa é provavelmente a principal razão por que o Senhor escolheu Jeremias como Seu mensageiro. Deus amou a Israel até mais do que Jeremias. Deus ama a misericórdia e para Ele sempre seria muito melhor mostrar misericórdia do que trazer o juízo. Podemos ter certeza de que quando o juízo vem é porque Ele nos ama, e simplesmente não há outra maneira de lidar com a corrupção ou apostasia.

É um equívoco trágico pensar que os profetas são sempre zangados e que essa raiva reflete como Deus se sente. Nós temos, de fato, exceções e exemplos de profetas que obviamente não amaram as pessoas para as quais foram enviados, Jonas é um bom exemplo disso. Somente um mensageiro foi perfeito – Jesus. No entanto, na medida em que somos capazes, o Senhor quer que nós compartilhemos o Seu coração na mensagem que ele desejar que levemos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As Experiências Proféticas, Parte 2

Profetizamos pela fé, não por método
Semana 25, 2011 – Rick Joyner

Por favor, peço que não se esqueçam de que eu estou compartilhando minhas experiências e perspectivas do profético, mas outras pessoas proféticas podem experimentar isso de uma forma diferente. Assim como o Senhor nos fez únicos como pessoas, e nossas experiências na vida são todas únicas, nossas experiências com Ele são todas únicas também. Todos os profetas nas Escrituras eram diferentes e pareciam receber revelação de maneiras distintas. Há características e fatores comuns, mas devemos estar sempre abertos para que o Senhor faça algo único. Afinal, Ele é o Criador e Ele gosta de ser criativo!

Não entender esse elemento importante dentre os que envolvem a maneira pela qual o Espírito se move pode ser uma das maiores pedras de tropeço para chegar à maturidade nos nossos dons e ministério. Muitos são bem sucedidos em orar por alguém, mas então tendem a pensar que foi a própria frase ou o método que eles usaram que trouxe o sucesso. Isso tem muito pouco a ver com nossos êxitos, ao invés disso é a fé que temos que move Deus. Mesmo assim, depois de tal sucesso, alguns tentam duplicar o método, e então tendem a desenvolver mais fé no método do que em Deus como uma pessoa. Isso levará a um afastamento das verdadeiras obras do Espírito Santo.

Eu não quero ser grosseiro, mas o Espírito não é como um cão que nós treinamos para responder a certos comandos. O Senhor conhece os nossos corações, e nós podemos usar as palavras e os métodos errados, mas Ele vai responder porque é a fé em nossos corações que O move. Pense nisso. Ele fez quaisquer curas ou milagres da mesma forma quando andou na terra? Parece que Ele usou um método diferente a cada vez porque o poder não estava no método, mas em ver e obedecer a vontade do Pai.

É crucial para nós entendermos isso porque pode haver uma linha tênue entre o profético e a feitiçaria. Feitiçaria é bruxaria, que Paulo listou como uma das obras da carne em Gálatas. Bruxaria é autoridade espiritual falsificada, que procura usar outros espíritos, e não o Espírito Santo. A bruxaria se baseia em padrões e fórmulas, e sempre acabará por levar à manipulação, um espírito de controle, exageros, ou outras maneiras carnais de usar as pessoas ao invés de amar as pessoas e ser usado para o bem delas.

A certa dignidade e classe que está acima de exageros, manipulação ou controle, vem com o conhecimento do Rei dos reis. Quando o Rei dos reis se move, você se sente elevado e enobrecido, não pressionado ou manipulado.

Tenho meditado sobre um versículo na bíblia por quarenta anos, tentando sondar os caminhos de Deus, e esse versículo é Apocalipse 3:20. Aqui Jesus está batendo à porta de sua própria igreja para ver se alguém ouvirá a Sua voz e abrirá para ele. Imagine. Ele é o Rei do universo e nosso Criador, mas nesta era, Ele não vai se forçar a ninguém. Ele não virá onde não for desejado, mesmo que seja Sua própria igreja!

Esta é uma forma básica pela qual podemos reconhecê-Lo – Ele é o último cavalheiro e não nos força, pressiona ou controla. Em vez disso, Ele nos chama, roga por nós, e nos conclama a segui-Lo. Esta é também a natureza do ministério profético da Nova Aliança, que anuncia a sua mensagem nesta era.

Na era vindoura, obviamente o Senhor virá com uma vara de ferro, e as nações serão obrigadas a dobrar o joelho diante dEle. No entanto, esta é a era em que Ele não está buscando aqueles que podem ser pressionados à obediência, mas aqueles que têm corações que querem segui-Lo e obedecê-Lo. Mesmo na era vindoura, quando Ele de fato governará, podemos estar certos de Ele governará com tanta dignidade e classe que não haverá a escravidão, mas o propósito de Seu governo é libertar o Seu povo.

Mais uma vez, muitas pessoas tendem a modelar seus ministérios com base nos profetas da Antiga Aliança, o que é um modelo errado para o ministério da Nova Aliança. Os profetas da Antiga Aliança foram duros e muitas vezes intolerantes porque eles estavam representando a aliança sob a qual estavam operando e ela foi dura e implacável. Os profetas da Nova Aliança são mensageiros de uma aliança de graça e verdade. Isso não significa que somos tolerantes com o pecado e a iniquidade, que Deus ainda abomina, mas em vez de condenar, temos a verdade que pode libertar as pessoas.

Compartilho isso porque nós ainda trabalhamos com a revelação que vem através de impressões. Esse é o nível mais básico da revelação profética, mas é um dos mais importante para nós aprendermos os caminhos do Senhor. É tornando-nos sensíveis aqui que aprendemos a rejeitar essas mensagens que vêm com força ou pressão. O Espírito tem uma certa classe à qual nós devemos nos tornar sensíveis e a qual devemos aprender a exigir de qualquer impressão na qual iremos agir. É preciso experiência para aprender isso. Muitas vezes, teremos erros ao longo do caminho, mas é aprendendo o quanto Ele é capaz de perdoar, mesmo com nossos erros, que chegamos a conhecê-Lo melhor. Para amadurecer, devemos caminhar na fé de que podemos cometer um erro e não ser condenados por isso, mas instruídos. Isso semeia liberdade em nossos corações, o que é crucial para todo ministério da Nova Aliança.